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Mostrando postagens com o rótulo Políticas Públicas

A máquina mortífera de Tarcísio e Derrite | com Samira Bueno | 221

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Desde que o bolsonarista Tarcísio de Freitas tomou posse como governador de São Paulo, os índices de letalidade da Polícia Militar paulista explodiram. Já na campanha eleitoral Tarcísio se posicionou contra o uso de câmeras corporais nos uniformes dos policiais. Essa é também a posição defendida por seu secretário de segurança, Guilherme Derrite, um deputado-federal e ex-capitão da tropa de elite da PM paulista, a Rota. Quando implantadas as câmeras reduziram em 70% a letalidade policial e também fizeram cair as mortes de policiais. Segundo o governador, esses dispositivos constrangem os agentes. Especialmente sangrentas foram as ações realizadas na Baixada Santista em retaliação à morte de policiais militares - Operação Escudo e Operação Verão, que resultaram em 92 óbitos. Trata-se da ação policial mais mortífera desde o Massacre do Carandiru, em 1992. Como se chegou a tal ponto? O que pretendem o governador paulista e seu secretário de segurança? Quais as consequências desse tipo de

Desigualdade no Brasil | com Marcelo Medeiros | 215

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Há décadas o Brasil figura entre os países mais desiguais do mundo, seja qual for o indicador ou o método utilizado para mensurar a desigualdade. Apesar de alguma melhora do Índice de Gini durante os anos 2000 a 2014, período dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, a desigualdade de renda entre os brasileiros seguiu entre as mais elevadas do planeta. E não se trata de um único tipo de desigualdade, mas de várias desigualdades, hierarquizando ricos e pobres, homens e mulheres, brancos e negros, sudestinos e nordestinos e assim por diante. Aliás, a desigualdade interna ao topo da pirâmide de riqueza na população é bem maior do que a dos pobres entre si. O que significa esta variedade de desigualdades? Por que é importante compreender tais diferenças na formulação e implementação de políticas publicas eficazes em seu enfrentamento? Para discutir esses temas , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o sociólogo Marcelo Medeiros,  pesquisador da Universidade de Columbia  em Nova Yo

O Enem, a educação, a ideologia | com Fernando Abrucio | 202

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Como quase tudo no Brasil dos últimos anos, também o Enem se tornou alvo de uma acerba disputa ideológica entre a extrema-direita e aqueles que ela vê como seus inimigos. Três questões da prova de humanidades, referentes a questões ambientais e econômicas, produziram a ira da bancada ruralista no Congresso Nacional. Lideranças congressuais ruralistas vociferaram contra o exame, alegando que as ditas questões difamariam o agro e não se fundamentariam acadêmica ou cientificamente. Após anos de apoio dos ruralistas ao bolsonarismo e à sua agenda negacionista da ciência e inimiga da educação e da academia, tais alegações cheiram a cinismo. Mas será que os problemas da prova do Enem, ou mesmo da educação no Brasil, estariam numa suposta ideologização? Ou será que haveria questões mais sérias a serem consideradas? Vem da ideologização o nosso déficit educacional? Para discutir tais temas , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o cientista político Fernando Abrucio, professor da  FGV EAESP

Crime organizado e violência estatal | com Daniel Hirata | 200

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Uma nova explosão de violência no Rio de Janeiro chama a atenção do país para a crise da segurança pública, não só no Rio, mas em todo o país. O Rio tem suas especificidades: o domínio territorial das milícias, a disputa de regiões da área metropolitana entre diferentes facções, a força dos milicianos no sistema político. Noutros estados, alguns desses problemas se repetem: a violência policial, a inépcia na atuação dos órgãos de controle, o discurso demagógico da truculência policial como solução simples para o complexo problema da criminalidade. Não a toa, o governo federal se vê instado a agir e a mudar suas diretrizes nessa área, inclusive com a possível recriação de um ministério da Segurança Pública. Para entender esse cenário intricado , o #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o sociólogo Daniel Hirata, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e estudioso das políticas de segurança pública, do crime organizado e da violência urbana. Hirata é também pesquisador do  Núcleo

Tocando fogo na federação | com José Ângelo Machado & Marcelo Labanca

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Romeu Zema, governador de Minas Gerais pelo Partido Novo, pela segunda vez em dois meses deu declarações discriminatórias contra as regiões Norte e Nordeste do Brasil.   Na primeira ocasião, em junho de 2023, declarou que havia um Brasil que trabalhava e outro que vivia de auxílio emergencial, referindo-se ao Norte e Nordeste do Brasil, em contraste com as regiões Sul e Sudeste.   Na segunda oportunidade, em agosto, comparou as regiões Norte e Nordeste a "vaquinhas que produzem pouco", enquanto as regiões Sul e Sudeste seriam as "vaquinhas que produzem muito". Segundo Zema, não seria justo tratar de forma igual os dois tipos de vaquinhas. Nos dois momentos as declarações foram dadas quando ocorriam reuniões de governadores do Consórcio Sul-Sudeste, criado emulando o Consórcio Nordeste, cuja finalidade é permitir a cooperação regional em políticas públicas. Neste segundo momento, a Reforma Tributária era o pano de fundo. Para piorar, o governador do Pa